segunda-feira, outubro 31, 2005

Hoje é o ... Sabbath



Quis responder à vaga pergunta que me tinha sido feita, à pergunta de quem pergunta só porque o silêncio incomoda, e que nada de oportuno ou conveniente tem a dizer.

És louco! Dizem os ainda mais loucos quando vencem as defesas na muralha da minha tinta. Quando o medo provocado pelas palavras se torna insuportável... “És louco... não quero ouvir mais” dizem com o medo de tropeçar e cair no abismo, de onde poderão nunca mais conseguir voltar.

Não me lembro quando é que aconteceu, mas a invocação trouxe alguém, alguém que já não existe, que está morto e que ainda vive... Está comigo já a alguns anos, caminha comigo e vigia-me de longe. Entretanto consegui que se acalmasse... Tem-me deixado em paz, mas por vezes volta, e tenta dizer algo. Parece que ao vento sinto o seu sussurrar.

Maldito livro negro.

Existem livros que não querem ser encontrados. Passam anos numa prateleira sem que ninguém se aperceba, adormecidos por entre o pó, hibernando, aguardando o estigmatizado. Esse sim é digno da magia.

Quando o infamado passa junto à prateleira, a capa de couro negro envelhecida, brota-lhe à vista. Sentiu-o e inconscientemente pegou-lhe. Várias pessoas ao longo dos anos por ali passaram, e o livro antigo, tão antigo desde que o Homem tem memória, jamais tinha sido visto, não se sabe como foi ali parar. Não se encontra catalogado, disseram-lhe, não pertence à livraria, alguém se esqueceu dele - pode levá-lo!

Maldito livro negro...existem livros que não querem ser encontrados, e por vezes quando se encontram é melhor ignorá-los... Não vá o Diabo tece-las...

sábado, outubro 15, 2005

THE CALL OF CTHULHU - O despertar de Chtulhu

"That is not dead which can eternal lie,
And with strange aeons even death may die."


"Aquilo que não está morto pode eternamente jazer
E com estranhas eternidades até a morte pode morrer"

Howard Phillips Lovecraft (Agosto 20, 1890 - Março 15, 1937)

sexta-feira, outubro 14, 2005

Ponto de Situação.

É chegada a altura de fazer um ponto de situação sobre os propósitos e os objectivos deste meu blog, independentemente do seu futuro.

Penso que muitos de vós, os que lêem as passagens que aqui deixo, estarão a pensar “..este gajo está xexé... aliás ... sempre o foi...”. Com toda a sinceridade para os que pensam assim, é totalmente verdade. No entanto não consigo imaginar levar esta vida sem uma pitada de loucura ou alienação – Não existe recurso a “estupidifacientes”, porque a louquice em mim já é natural! – caí no caldeirão quando era pequeno!

A maioria dos motes que tento explorar são sobretudo relacionados com o inconsciente do ser humano, lugares antigos e de sonho – outros reais -, o esotérico e o sobrenatural, procurando ficcionar de uma forma por vezes bizarra - para alguns -, vivências, experiências ou estados de espírito melancólicos e nostálgicos. Quem quiser chalacear ou rir, têm sempre nos links aqui ao lado, o “Scratch”, o “Venteca” e o “Coisas”, blogs originais de grande qualidade, que aproveito para deixar o meu tributo.
De qualquer das formas são sempre TODOS bem aparecidos e livres de comentarem como entenderem - para o bem ou para o mal ou então para simplesmente nada.

Utilizo com frequência bengalas, de textos ou imagens de Autores dos quais comungo da inquietude, perversidade ou depravação. Sendo que a fonte de maior inspiração que é de latente evidência surge no universo musical extremo seja ele qual for.

Em virtude de me ter sido dado esta possibilidade, de ter um espaço na internet, faço também dele, uso no sentido informativo, sejam eventos relevantes ou apenas factos de inepta importância – não existe no entanto qualquer afinidade de carácter político ou religioso da minha parte, independentemente de poder abordar esses temas.

Digo isto porque, ainda estou a tentar lidar com o lado melindroso que é comum nos blogues - a exposição pessoal – independentemente do mesmo não ser visionado por muita gente, penso contudo que esta exposição pode ser positiva, pelo factor terapêutico que tem numa pessoa introvertida.

Por fim, o autor não se responsabiliza por qualquer estado de insanidade que advenha da leitura deste blog.

quinta-feira, outubro 13, 2005

ARRASTANDO O SEU CADÁVER por Adolfo Luxúria Canibal

"É demencial. Não há palavras que consigam dizer o horror
Vi um pobre homem agarrado ao que restava da sua mulher
Errando pela baixa
Os olhos fixos num horizonte perdido
Sem uma palavra Sem um som
Arrastando a carcaça desfigurada por entre o trânsito do fim da tarde
Passei sem conseguir dizer nada
Ninguém dizia nada


O silêncio Acompanhava o olhar vazio A dor

A vaguear por entre as ruínas e o trânsito do fim da tarde
As pessoas apressavam-se por causa do cair da noite
E o pobre homem seguia um destino sem rumo

Arrastando o seu cadáver

Ninguém dizia nada O silêncio
Acompanhava o olhar vazio A dor"

quarta-feira, outubro 12, 2005

Sábado nas Antas... nas antas non, no dragon

Este fim-de-semana bou às antas... digo dragôn... Ai bou bou.

Ligou-me ontem de manhã um amigalhaço atripeirado perguntando-me se queria que lhe comprasse o bilhete, nem pensei, disse-lhe logo que sim – Pelo Benfica faço tudo! – Obrigado Silva!!!

Acho que ele também não pensou lá muito bem. Com tantos morcons que há por aí, foi logo convidar um carmesim. Temo realmente pela integridade física dos adeptos do fdp que irão sentar-se ao meu lado.

Ao ler o roda-pé do noticiário da hora de almoço de hoje, pude constatar que os Super Cagões andaram a comprar bilhetes na Luz – Pois fiquem sabendo que existem adeptos do glorioso a compra-los nas antas... nas antas não, no dragôn carago!

Se for possível arranco uma cadeirinha ou outra. – E levo o nokia 5110 que anda lá por casa para o oferecer ao Baía, que dada a distância do meu lugar, provavelmente terei de o arremessar - espero não lhe acertar, muito menos na cabeça, e que não provoque lesão, muito menos até ao fim da temporada... isto é, até ao fim da carreira eh eh! – Estou no gozo ganda Baía – o Peixoto é que já era... ficou com a Figueiras... mas isso é outra história.

Estou no entanto a pensar se levo o cachecol clássico – Força Benfica! – ou o mais clássico ainda – o Porto é merda! – Bem até lá ainda decido.