quinta-feira, novembro 15, 2007

A velha grande árvore de carrasco

15:35:05, até à infinitésima de segundo, a máquina fotográfica disparou. Um momento, um instante, uma fracção de tempo que deixou de existir. Se é que alguma vez existiu? Tenho a sensação que o tempo é infinito, não começa nem acaba, por isso se chama tempo.

E como é que se encaixa o momento no infinito? É matemático... Não se encaixa! Um instante no infinito é o próprio infinito.

E aquela velha árvore de carrasco parece que sempre esteve ali, ao vento, à chuva, ao sol e ao tempo. Tão velha quanto este, como que personificando o eterno. Sob ela e ao chiste da perpetuidade, sentava-me e sonhava, quando criança, abraçando a mesma imortalidade.

NFAO - A minha árvore de carrasco