quinta-feira, novembro 22, 2007

Outro Vicente que não o meu...



Em homenagem a um dos meus realizadores preferidos, posto esta curta de animação muito dark do Tim Burton, com cheirinho a Edgar Alan Poe e narrado pela voz inconfundível de Vincent Price.
O meu multifacetado amigo Nuno Cruz a.k.a. "China" já o tinha postado - check out http://efeitosecundario.blogspot.com/ .

Não me contive e repeti-o, tem a haver comigo!

quinta-feira, novembro 15, 2007

A velha grande árvore de carrasco

15:35:05, até à infinitésima de segundo, a máquina fotográfica disparou. Um momento, um instante, uma fracção de tempo que deixou de existir. Se é que alguma vez existiu? Tenho a sensação que o tempo é infinito, não começa nem acaba, por isso se chama tempo.

E como é que se encaixa o momento no infinito? É matemático... Não se encaixa! Um instante no infinito é o próprio infinito.

E aquela velha árvore de carrasco parece que sempre esteve ali, ao vento, à chuva, ao sol e ao tempo. Tão velha quanto este, como que personificando o eterno. Sob ela e ao chiste da perpetuidade, sentava-me e sonhava, quando criança, abraçando a mesma imortalidade.

NFAO - A minha árvore de carrasco

quarta-feira, novembro 14, 2007

Um olá vindo da sarjeta

Está um sol de Novembro, daqueles sóis que ilumina com o calor outonal, dá a sensação de passado, um pretérito longínquo de caras rubras e familiares que contemplam sem reconhecerem.

Eis que surge então um cumprimento da valeta, um olá com gosto a incerteza, a eterna dúvida do que o futuro nos traz, foi um cumprimento esfomeado, aquele, por entre o queimar do cigarro.

A sarjeta fala. E o que diz causa desconforto. Acomoda-se me na alma como que uma sensação de queda, ou como se estivesse a caminhar e algo me agarrasse e puxasse para trás, um repetido deja-vu.

Foi só um olá da sarjeta. Esta só queria cumprimentar, dizer que está ali, lembrar-me da a sua conturbada e solitária existência. Disse-me que poderíamos contar sempre com ela, que estava ali por “nós”… Paguei-lhe um café e despedi-me. E enquanto me afastava sorri, sabia que ninguém queria saber, porque na realidade caminhamos sempre sós.

NFAO - São Silvestre sobre o estuário do rio Lima

quinta-feira, novembro 08, 2007

Poesia

Se visses o que eu vi
Entre as pernas de uma moça
um macaco sem orelhas
a bater com toda a força