Um olá vindo da sarjeta
Está um sol de Novembro, daqueles sóis que ilumina com o calor outonal, dá a sensação de passado, um pretérito longínquo de caras rubras e familiares que contemplam sem reconhecerem.
Eis que surge então um cumprimento da valeta, um olá com gosto a incerteza, a eterna dúvida do que o futuro nos traz, foi um cumprimento esfomeado, aquele, por entre o queimar do cigarro.
A sarjeta fala. E o que diz causa desconforto. Acomoda-se me na alma como que uma sensação de queda, ou como se estivesse a caminhar e algo me agarrasse e puxasse para trás, um repetido deja-vu.
Foi só um olá da sarjeta. Esta só queria cumprimentar, dizer que está ali, lembrar-me da a sua conturbada e solitária existência. Disse-me que poderíamos contar sempre com ela, que estava ali por “nós”… Paguei-lhe um café e despedi-me. E enquanto me afastava sorri, sabia que ninguém queria saber, porque na realidade caminhamos sempre sós.
NFAO - São Silvestre sobre o estuário do rio Lima
Eis que surge então um cumprimento da valeta, um olá com gosto a incerteza, a eterna dúvida do que o futuro nos traz, foi um cumprimento esfomeado, aquele, por entre o queimar do cigarro.
A sarjeta fala. E o que diz causa desconforto. Acomoda-se me na alma como que uma sensação de queda, ou como se estivesse a caminhar e algo me agarrasse e puxasse para trás, um repetido deja-vu.
Foi só um olá da sarjeta. Esta só queria cumprimentar, dizer que está ali, lembrar-me da a sua conturbada e solitária existência. Disse-me que poderíamos contar sempre com ela, que estava ali por “nós”… Paguei-lhe um café e despedi-me. E enquanto me afastava sorri, sabia que ninguém queria saber, porque na realidade caminhamos sempre sós.
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