terça-feira, abril 03, 2007

Ainda relativo ao empate na luz contra os azeiteiros

O Principio

Cerca de 10 000 a.C. a Península Ibérica era habitada por povos autóctones denominados Iberos. Entre eles estão os Tartessos. Pensa-se serem de origem berbere, do norte da África, embora esta hipótese não tenha unanimidade. Porém, é a mais estudada. Quatro mil anos depois, a região passou a ser habitada por um povo indo-europeu, os Celtas. As tribos Iberas e Celtas misturaram-se, dando origem aos Celtiberos (como os Lusitanos, Galaicos ou Gallaeci e os Cónios, entre outras menos significativas, tais como os Brácaros, Célticos, Coelernos, Equesos, Gróvios, Interamici, Leunos, Luancos, Límicos, Narbasos, Nemetatos, Pésures, Quaquernos, Seurbos, Tamagani, Taporos, Zoelas, Turodos). Influências menores foram os Gregos e os Fenícios-Cartagineses (com pequenas feitorias comerciais costeiras semi-permanentes).

No século III a.C. vieram os Romanos

Com a queda o império romano, em 409 d.C. vieram as invasões bárbaras, os povos, Suevos, Alanos e Vândalos (Silingos e Asdingos), todos de origem germânica, fixam-se na Hispânia. Em 411 estes povos dividem entre si o território: os Vândalos Asdingos ocuparam a Galécia, os Suevos a região a norte do Douro, os Alanos ocuparam as províncias da Lusitânia e a Cartaginense, e os Vândalos Silingos a Bética.

Em 711 a Península Ibérica foi invadida pelos muçulmanos (basicamente Berberes com alguma componente de Árabes).

Durante estes séculos, nas Astúrias, a única região que resistiu à invasão árabe, desenvolvia-se um movimento de reconquista da Península, Vejam bem toda a penísula esteve ocupada com excepção das Astúrias, foi isto que aprendi na primária.

Agora vamos aonde quero chegar.

Às bestas rurais que têm como professor de história e pólo cultural o Sr. Pinto da Costa, não sabem que “a invicta” vem da guerra civil Portuguesa do sec. XIX e não tem nada haver com os mouros “não terem” habitado durante séculos a cidade que tanto prezam. Sim os vossos tetravôs chamavam-se Mohamed e habitavam o rés do chão do que é agora as vossas casas.

Mas para que não passe incólume a vossa ignorância, aqui vai:

As Guerras liberais e o cerco à cidade do Porto

Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão. Após D. Pedro IV ter sido forçado a abdicar do trono de Portugal em favor do trono do Brasil, D. Maria II subia ao trono por legitimidade. Entretanto, D. Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava exilado, foi nomeado regente do Reino, e o casamento com D. Maria seria arranjado. Na tentativa de impor o seu regime monárquico-constitucional, depôs o regime absolutista de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados com intervenções da política internacional. Para resolver a situação, D. Pedro abdica do trono para o seu filho Pedro II do Brasil, e impõe-se, pela força. As derrotas sucessivas de D. Miguel iriam forçá-lo a desistir da luta no compromisso de Évora-Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de 1826 e do trono de D. Maria II.

Por outras palavras a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) ocorre no quadro da Crise de Sucessão ao Trono Português (1826-1834) que opôs o partido cartista, constitucionalista, ou liberal, liderado pelo ex-imperador D. Pedro I do Brasil, e ex-rei D. Pedro IV de Portugal, auto-proclamado regente do Reino em nome de sua filha a princesa do Grão-Pará, D. Maria da Glória de Bragança, depois D. Maria II, rainha de Portugal e o partido tradicionalista, legitimista, ou absolutista, encabeçado por D. Miguel I, rei de Portugal. Em causa estava a vontade de transformação de Portugal numa monarquia constitucional, o que se opunha aos princípios vigentes do legitimismo ou tradicionalismo, a que os liberais chamavam de absolutismo.

Dá-se o nome de Cerco do Porto ao período, que durou mais de um ano—de Julho de 1832 a Agosto de 1833 --, no qual as tropas liberais de D. Pedro estiveram sitiadas pelas forças realistas fiéis a D. Miguel.

A coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os feitos cometidos pelos seus habitantes—o famoso Cerco do Porto—valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D.Maria II, do título—único entre as demais cidades de Portugal—de Invicta Cidade do Porto, donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia - a «Invicta»).



Acredito que a maioria dos Portuenses conheça a história da sua cidade, o mesmo não posso dizer dos Portistas.

11 Comments:

Blogger Nómada Global said...

"Vejam bem toda a penísula esteve ocupada com excepção das Astúrias, foi isto que aprendi na primária." - Há ocupações e ocupações. Eles andaram por cá, mas não se fixaram muito. Tens cá muitos nomes árabes, como aí no ALgarve, ou em ALcântara ou ALenquer ou AL AL AL etc? E quem começou por escorraça-los do país? Contra os lisboetas até tivemos que lutar, para ganhar a cidade, tal era a implantação árabe.

"Às bestas rurais que têm como professor de história e pólo cultural o Sr. Pinto da Costa, não sabem que “a invicta” vem da guerra civil Portuguesa do sec. XIX e não tem nada haver com os mouros “não terem” habitado durante séculos a cidade que tanto prezam. Sim os vossos tetravôs chamavam-se Mohamed e habitavam o rés do chão do que é agora as vossas casas." - Não sei com que portistas tens falado, eu não conheço nenhum que ache que a cidade se chame Invicta por isso. É invicta, isso sim, porque sempre se recusou ceder ao centralismo da capital (Lisboa ou a temporária no Brasil), sempre se afirmou como liberal e independente. Nesta atitude se incluem as Guerras Liberais (mas não civil, porque não foi). Já agora, Viana resistiu também e colaborou com o Porto nestas lutas.

Quanto ao termo "bestas rurais" relativo aos portistas, diz bem do espírito sulista, centralista e elitista vigente na Segunda Circular. Obrigado por voltares a provar porque é que ninguém gosta dos "mouros" no norte.

9:54 da manhã  
Blogger Nómada Global said...

E claro, como bem vimos todos, o jogo foi roubadinho roubadinho. Contei uns 7 ou 8 cartões que ficaram por mostrar à agremiação desportiva da freguesia de Benfica, em Lisboa.

9:57 da manhã  
Blogger Igguk said...

Então embrulha e leva para casa.

10:11 da manhã  
Blogger Igguk said...

Já agora, "bestas rurais", jumentos ou outra designação referente às várias parelhas de animais que assistiram ao jogo na luz, não tem nada de centralista ou elitista, tem sim uma conotação de ordem cívica de imposição de educação e respeito pelo semelhante, exigida contra quem assiste a um jogo numa casa para a qual foram convidados. Os vários feridos provocados pelo uso de pirotécnica ou arranque e arremesso de cadeiras é prova fulcral dos animais que são.

10:35 da manhã  
Blogger Nómada Global said...

Primeiros, e se bem me lembro, quem tinha o hábito de disparar very-lights para as bancadas dos adversários eram os meninos da segunda circular...

Segundo, não fomos convidados: compramos bilhete e entramos para ver a nossa equipa. Convidar vocês convidam o presidente da câmara de Lisboa para ele alterar o PDM e encher a carteira do aldrabão corrupto (e provado) que é o vosso presidente.

Terceiro, ainda o ano passado o autocarro do FCP foi apredrejado desde o Estádio Municipal de Oeiras (para alguns, Estádio Nacional) até Alverca pela autoestrada. Jumentos? Jumentos são aos milhares pelas ruas da capital, e não uns poucos estúpidos que armaram confusão no domingo.

Não me venhas falar de "conotação de ordem cívica de imposição de educação e respeito pelo semelhante" quando quem não a tem foi quem, ainda há dois anos, encafuou os adeptos do FCP num canto do estádio onde cabiam metade. Isso é falta de respeito. E civismo. Mas, then again, "benfiquista" e "culto" ou "educado" raramente são sinónimos. Apesar de eu conhecer alguns (ou achar que conhecia).

11:39 da manhã  
Blogger Igguk said...

Pagar bilhete pagam todos!

claro, corrupto é o nosso... e o vosso!?

Se bem me lembro o vosso presidente tentou fazer uma situação semelhante com a CM do Porto e por não ter conseguido mobilizou os ignóbeis analfabetos adeptos do porto contra o presidente da CM

Muita sorte tiveram agora em terem sido eliminados da taça. Senão eram apedrejados do "estádio de Oeiras" até Gaia.

No próximo jogo na luz colocava os nossos convidados SuperMorcões a ver o jogo em cadeiras armadilhadas, aí é que iria ser uma explosão de alegria.

Já agora, quinta-feira o Porto joga com quem?

1:06 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

1- Com o Pinto da Costa, não era um negócio pessoal, era do clube. O vosso é quem enriquece, não é o clube.

2- De certeza que os vereadores da camara de lisboa pagam entrada? Não me parece.

3- Cadeiras armadilhadas?!? Apedrejamentos?!? E que mais, uns enforcamentos, uns autos-de-fé, umas câmaras de gás?!? Grande desportivismo!

4- O FCP, neste século, já ganhou:
- 1 Liga dos Campeões Europeus;
- 1 Taça UEFA;
- 4 Campeonatos;
- 3 Taças de Portugal;
- 1 Taça Intercontinental;
(é o terceiro melhor palmarés europeu do milénio).

Isto é quase tanto como o que vocês ganharam desde que tu tens idade para te lembrar do Benfica (mais uma taça intercontinental que vocês nunca ganharam, nem quando eram o clube do regime). Nem penses em comparar um e outro, só porque festejaram um empate em casa com o campeão, com um autogolo.

5- Só porque fomos eliminados por um dos melhores clubes do mundo (Chelsea) da Liga dos Campeões não me parece que tenhamos que nos envergonhar. Agora se vocês não ganham (a quem, espanhol donde?!?!) é que é uma vergonha.

P.S.-Tens mesmo que tratar essa agressividade. Estás descontrolado.

4:07 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

Reconsidera lá os "ignóbeis analfabetos adeptos do porto".

Começas a insultar gratuitamente muita gente.

4:08 da tarde  
Blogger Igguk said...

Estou em casa, faço o que bem me apetecer.

Se achas que estou descontrolado, ainda não viste nada!

Devo dizer que o vosso milénio FCP teve cunha do Sr. Major

5:29 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

I rest my case.

Boas páscoas.

5:43 da tarde  
Blogger Igguk said...

Good for you!

10:02 da tarde  

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