segunda-feira, novembro 13, 2006

A Velha Religião

Endovélico e Atégina pela Tradição Ibérica panteão Lusitano.

"E sereis livres de escravidão; e como sinal de que sereis realmente livres, ficareis despidos nos vossos rituais; e haveis de cantar, dançar, festejar, tocar música e fazer amor, tudo em minha homenagem. Porque meu é o êxtase do espírito e minha também é a alegria que há na Terra; porque a minha lei é distribuir o amor para todos os seres"



"Os Deuses não morreram, o que morreu foi a nossa visão deles"
Fernado Pessoa

11 Comments:

Blogger Nómada Global said...

Para um cristão, estás muito progressista. Ou então estás a voltar às raízes. :)

3:18 da tarde  
Blogger Igguk said...

À muito que me considero um Wicca eclético. Independentemente de ter discussões sobre questões de fé seja ela qual for (you Know uara mean)

8:01 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

Claro, meu amigo, ái nou uót iú mine.

Mas bruxas e duendes e paganismos e afins também não me enchem as medidas. São uma religião mais fashion, mais Lord of the Rings, mas não deixa de ser uma crença propagada por outros.

Mas entre cada um e o seu deus eu não me meto.

4:42 da tarde  
Blogger Igguk said...

Sempre gostei dos teus comentários destrutivos. Aliás recordo-me, nas minhas aulas de filosofia a existência de uns ignóbeis chamados de sufistas tinham como objectivo contradizer, pelos vistos mantêns a tradição
Mas se queres saber a verdade, aqui vai. A minha relação com esta religião é muito anterior à suposta fashion Lord of.... surge por influência sim, mas derivada da música - Black Sabbat com ex.- diz-te alguma coisa... é obvio que não, tens apenas opinião para aquilo que pensas que conheces, muitas das vezes aparentemente limitada ou errada, peço desculpa pela franqueza.
Outra coisa, não vejo qualquer relação do universo de Tolkien com o paganismo muito menos com o dos nossos antepassados.
Sou por natureza estudioso, e a minha curiosidade estudiosa levou-me aos Deuses de Viriato.

Um abraço

6:32 da tarde  
Blogger Igguk said...

Já agora, por curiosidade Fernando Pessoa através de Alberto Caeiro deu muitas vezes voz ao paganismo.

6:38 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

Fernando Pessoa deu voz a muitas coisas, boas e más (exemplo, tb em Moonspell: "Por isso tomo ópio/ É um remédio/ Moro no rés-do-chão do pensamento/ e ver passar a vida faz-me tédio").

A música que referes foi influenciada por Tolkien e afins, ou não? E Tolkien influenciado por lendas e mitos, certo? No final, trata-se apenas de, subversivamente, recusar a religião "oficial" em nome de um suposto pensamento alternativo e independente em matéria de esoterismos. Um regresso às origens que supostamente te trará pureza.

Não preciso conhecer detalhes das ideias religiosas que professas. Basta-me saber que são baseadas em ideias de outras pessoas (Viriato, seja) para imediatamente considerá-las como uma qualquer outra religião: um conjunto de crenças, baseadas na percepção que se tem do mundo à época, que pode ser ou não organizado e centralizado.

Como tal, depende totalmente da existência de "fé". Que é coisa que até hoje não entendo.

E não me venham os "crédulos" chamar "céptico". Vivo no séc. XXI, e continuo sem ver provas da existência de deuses ou o que seja. São conjecturas, wishfull-thinking...

Talvez me tenhas rotulado erróneamente: "Sufistas" são os teólogos místicos e contemplativos do islão (que eu não me considero, por agora). "Sofistas" são, de acordo com a época que viveres, coisas distintas. A noção moderna é a de um céptico, relativista, contrário à moral imposta por ideias gnósticas e religiosas. Se são ou não "ignóbeis", depende da tua tolerância ao discutires as tuas crenças esotéricas. Nunca se gosta de quem faz perguntas difíceis, por isso insulta-se o agente, como faziam Sócrates, Platão e Aristóteles. Grandes cabeças, mas toldadas pela "fé".

Sim, Sofista sou eu. O tipo de gajos de quem o Papa não gosta nada.

Um abraço e até logo à noite. Disto fala-se melhor com uma cerveja na mão.

12:30 da tarde  
Blogger Igguk said...

Agradeço-te a correcção, é que não tive tempo de ir ao google, e já lá vão uns anos desde o meu 10 º ano do liceu.

Como te disse sou eclético defino eu a minha espiritualidade.

Relativamente ao teu cepticismo também ninguém te provou a "não" existência de Deuses.

Como todas as coisas (religião ciência politica etc..)que actualmente se conhecem são o evoluir de pensamentos primordiais de alguém. Hoje já não se inventa nada de novo, mas sim a sua evolução ou reinterpretação.

Lamentavelmente grande parte da civilização actual - céptica - ocidental procura a sua espiritualidade em Shoppings e afins

2:33 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

O que dizes dá pano para mangas (e o Centro de Saúde de Viana deveria ter câmaras e micros):

Relativamente ao meu cepticismo: eu nao sou céptico, eu estou no estado natural, normal. Quem acredita em deuses é que é o crédulo.

Quanto à originalidade das ideias, é claro que tudo é baseado no que sabemos, no que conhecemos, no que nos transmitem. Mas isso nao quer dizer que o pensamento "primordial" em que nos baseamos hoje para tirarmos as nossas próprias conclusões seja melhor ou mais puro ou mais verdadeiro que o nosso.

Acho fantásticas as críticas que tu fazes à modernidade. Então achas que as pessoas hoje em dia buscam a sua espiritualidade nos shoppings? Presumo que seja o que tu fazes? Não, pois nao? Então não ponhas toda a gente no mesmo saco, e não lhes chames cépticos. Chama-lhes racionais.

Falas como se nesse tempo maravilhoso dos lusitanos rodeados por natureza pura e deuses "primordiais" TODA a gente fosse muito espiritual, era tudo druida... Antes, como agora, havia os que se interessavam e os que passavam pelo mundo para ir aos shoppings (ou ao mercado da aldeia). Sao o chamado gado, as manadas. Sempre os houve, sempre os haverá.

Já agora, não que eu defenda os consumismo desenfreado e a busca da felicidade pela aquisição (que sabes que não defendo), mas quem é que te disse que a tua espiritualidade "treehugger" é melhor ou mais válida que a de um consumista? Só porque era de um tempo em que não haviashoppings?? Cada um é como é, e acredita no que quer.

Digo eu.

2:38 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

Só mais um apontamento: é certo que ninguém nunca me provou a não existência de deus. Como também niguém me provou a não existência de extraterrestres, da oitava dimensão, do dilúvio, da levitação transcendental, e todo um chorrilho de patranhas.

Mas aqui são os crédulos que propôem que Deus existe. São eles que têm que demonstrar o que afirmam. Eu estou no meu canto, sossegado. Eu não digo que deus existe ou deixa de existir. Digo que não sei. Quem diz que sabe que demonstre em que se baseia.

2:43 da tarde  
Blogger Igguk said...

Nómada ninguém tem de provar nada a ninguém. Os que acreditam irão continuar a acreditar, aqueles que não acreditam também continuarão à procura de algo em que acreditar.

Um esclarecimento, não me referi a ninguém em particular com os meus comentários, quer sobre o consumismo quer ainda sobre o cépticismo
-
s . m.,
partidário do cepticismo;
indivíduo descrente ou que duvida de tudo;
-
Poderá inclusivé significar racionalismo

Abraço

11:09 da tarde  
Blogger Nómada Global said...

Exacto, ninguém tem que provar nada a ninguém. O ponto zero, o que não necessita de provas, é a dúvida: "Não sei se existe Deus". Esta é a minha posição. Portanto, não sou eu o descrente. Os outros é que são crentes. Não lhes peço provas (mal seria), apenas lhes peço uma análise honesta daquilo que são as suas ideias religiosas. Seriam pessoas igualmente religiosas se tivessem nascido 1000km a sul, em Marrocos? Ou na China? Ou na Argentina? Seriam, claro, e condicionados pela cultura local. Religião é cultura, e nada mais. Feita por homens, para consumo dos homens. Mas há quem precise de acreditar em algo, por mais irracional que seja. Cada um como cada qual.

"aqueles que não acreditam também continuarão à procura de algo em que acreditar." - Eu não estou à procura de nada. Eu sei no que acredito: no racionalismo e no cérebro. Tudo o resto é banha de cobra.

Céptico como antónimo de crédulo. Sim, sou céptico. Racionalista. Exigente. Insatisfeito com explicações esotéricas.

Abraço.

12:00 da tarde  

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